As novas mídias digitais e eletrônicas estão pra fotografia como a fotografia esteve pra pintura quando de seu surgimento. Essa é a proposta da exposição Fast Forward, em cartaz no Centro Brasileiro Britânico até amanhã. A transição entre técnicas permite explorar formatos de forma descomprometida, desconstruindo de forma lúdica os paradigmas da arte.
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São 17 artistas britânicos atuais (as obras são, na maioria, desse ano mesmo). Richard Galpin usa máscaras na revelação e fotografias descascadas. Mark Wallinger ironiza o auto-retrato com tipografia. Michael Craig vetoriza e recria com animação computadorizada uma pintura do século XV. Julian Opie tira fotos de paisagens orientais, manipula divinalmente e imprime em 3D lenticulares que ganham movimento (tentei filmar mas não pegou bem, mas o princípio é o mesmo dessas aqui, também dele):
E, meu personal favorite, Grayson Perry usa o estilo da gravura renascentista e, com caneta BIC, cria um painel que satiriza a sociedade moderna e sua estrutura.
Vale a pena, em primeiro lugar, porque as obras são todas visualmente muito bacanas. E segundo, porque provam que uma época não anula a outra. A arte é empírica e a essência de sua mensagem é imutável, se adaptando mais à época que ao suporte.
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